sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Notícias do mercado

No e-clipp dessa sexta feira começamos pela má notícia referente a Nokia, demissão de mais de 4 mil empregados, a MICROSOFT adota a arquitetura ARM para seu novo sistema operacional. Em AUTO, as importações de veículos continuam num volume alto e o acordo com o México continua complicado. Em Consumer, o fim de uma era, KODAK anuncia fim das operações de cameras a partir de Julho de 2012. Em IDE , a implementação do RIC e suas vantagens. Em INDUSTRIAL, a fábrica da Foxconn no Brasil é investigada e por fim em TELECOM o crescimento surpreendente da HUAWEI.

Boa leitura e bom fim de semana!

GERAL

Nokia vai demitir mais 4 mil empregados

A Nokia anunciou nesta quarta-feira, 8, que vai demitir mais 4 mil empregados, desta vez nas fábricas da Hungria, México e Finlândia. Os cortes, revisão do plano divulgado em setembro do ano passado, serão realizados até o fim deste ano. A fabricante finlandesa de celulares justifica as dispensas como parte do processo de reestruturação da unidade de negócios responsável pela produção de smartphones. As três unidades atingidas irão focar na customização desses aparelhos para os mercados da Europa e das Américas. Parte da produção será transferida para fábricas na Ásia, onde a maioria dos fornecedores de componentes estão localizados.

A Nokia, que ostenta o título de maior fabricante de telefones celulares do mundo em volume, tem enfrentado dificuldades para se consolidar no mercado de smartphones. No trimestre passado, ela registrou prejuízo de 1 bilhão de euros, em razão principalmente à queda nas vendas de celulares inteligentes.

TI Informa 08/02/2012

Microsoft explica transição do Windows 8 para arquitetura ARM

A Microsoft publicou na quinta-feira uma extensa explicação, no blog Building Windows 8, sobre a transição de seu novo sistema operacional para a arquitetura ARM. Além de esclarecer os motivos para a adaptação do Windows 8, a empresa divulgou as características próprias da versão do produto para a plataforma.

O Windows 8 para dispositivos ARM (apelidade WOA) não terá qualquer compatibilidade com os aplicativos x86 e X64, e só vai permitir acesso ao desktop através de aplicativos Office e quando o gerenciamento de arquivos se mostrar necessário. A adaptação tem como foco principal o baixo consumo energético e o oferecimento de experiências integradas de qualidade - o software virá pré-instalado em aparelhos compatíveis e não poderá ser adquirido de forma individual.

Telesíntese 10/02/2012

AUTOMOTIVO

Abeiva: venda de importados avança em janeiro

As vendas de veículos das empresas associadas à Abeiva, que reúne os importadores sem fábrica no Brasil, aceleraram 16,9% em janeiro na compração com o mesmo mês do ano passado, para 11,3 mil unidades. A expansão das vendas do segmento foi maior do que a do mercado total, que cresceu 9,5% na mesma base de comparação, para 268,2 mil veículos leves, caminhões e ônibus, segundo dados divulgados pela Fenabrave

Quando comparado com o volume de dezembro do ano passado, o resultado do último mês é 40,6% inferior. A queda é maior do que a do mercado total, que desacelerou 23%. Com isso, os importadores da entidade perderam espaço no mercado e viram a participação nas vendas totais cair de 5,8% no último mês de 2011 para 4,5% em janeiro. No entanto, o porcentual é 0,2 ponto porcentual acima do registrado há um ano.

Como justificativa para a queda mais expressiva do que a do mercado total, a Abeiva informa que faltaram carros de algumas marcas. Segundo a entidade, desde a publicação do Decreto 7567, que determina aumento de 30 pontos no IPI de veículos importados de fora do México e Mercosul, em setembro do ano passado, algumas empresas tiveram dificuldade de planejar as compras externas.

As informações conflitantes acerca das novas regras para veículos trazidos do exterior também impactam nas vendas do segmento. Apesar de algumas marcas ainda não terem reajustado a tabela de preços após o aumento da alíquota de IPI, alguns clientes, confusos com as novas regras, desistem da compra.

A entidade projeta um mês fraco em fevereiro, influenciado pela menor quantidade de dias úteis. Para a associação, as vendas de modelos importados devem ficar equilibradas apenas em março ou abril, em patamar entre 16 mil e 18 mil unidades mensais. Até lá, as marcas da Abeiva devem definir o reajuste nos preços dos veículos.

Automotive News – 09/02/2012

México não aceita renegociar acordo automotivo

O México não aceita rever o acordo automotivo com o Mercosul, informou comunicado oficial divulgado pelo parceiro comercial do Brasil na quarta-feira, 8. "Devido à importância bilateral do Acordo de Complementação Econômica, o governo mexicano não buscará renegociá-lo", diz o documento.

O ACE, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. De 2003 a 2011 o México teve um déficit de US$ 10 bilhões com o acordo no segmento de automóveis. Considerando todos os bens negociados entre os dois países, o déficit sobe para US$ 22 bilhões, segundo cômputo do governo mexicano.

Lu Aiko Otta escreve no Estadão que o lado brasileiro insistirá no diálogo nesta quinta-feira, mas a disposição dos mexicanos em mudar as regras é zero. As reuniões em Brasília foram acertadas em telefonema entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do México, Felipe Calderón, depois que o Brasil ameaçou romper de forma unilateral o acordo automotivo.

Do lado brasileiro, participaram das reuniões na quarta-feira o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antônio Simões, e a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Os representantes mexicanos são o subsecretário de Comércio Exterior, Francisco Rosenzweig, e o subsecretário de Relações Exteriores, Rogélio Granguillhome.
O Brasil pede maior participação de conteúdo regional na produção dos veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de alíquota reduzida.

Automotive News – 09/02/2012

CONSUMER

Kodak abandona a fabricação de câmeras de fotos e vídeo

A centenária marca Eastman Kodak anunciou nesta quinta-feira que vai suspender antes de 30 de junho a fabricação de câmeras de foto e vídeo digitais e porta-retratos digitais para concentrar-se na venda de patentes e impressoras. "Há algum tempo, a estratégia da Kodak consiste em optimizar suas margens no setor dos aparelhos centrando sua participação em termos de produtos, presença geográfica e distribuição.

O anúncio de hoje é a continuação lógica deste processo", afirmou o diretor de marketing do grupo, Pradeep Jotwani, em um comunicado.

Em 19 de janeiro, a Kodak anunciou ter sido colocada sob a proteção da lei americana de concordatas, assim como suas filiais norte-americanas. A empresa, que negociou créditos no valor de US$ 950 milhões com o banco Citigroup, "considera que tem liquidez suficiente para operar sua atividade sob o capítulo 11 (da lei de quebras) e prover produtos e serviços aos seus clientes como é habitual", indicou em um comunicado.

As filiais do grupo fora dos Estados Unidos não estão incluídas na demanda no âmbito do capítulo 11, que foi apresentada em um tribunal de Nova York, disse a Kodak. Agora protegida por seus credores, a Kodak tornou-se capaz de concentrar-se na venda de sua ampla carteira de patentes, resolver velhas disputas e concentrar-se em suas atividades mais rentáveis.

A empresa espera ver seu plano de reestruturação aprovado pela Justiça americana para poder voltar a seu funcionamento normal em 2013. Com sede em Rochester (estado de Nova York), a empresa, com mais de um século e que foi símbolo do capitalismo americano, não parou de declinar desde o advento da tecnologia digital.

Desde 2003, a Kodak fechou 13 fábricas e 130 laboratórios e já suprimiu 47 mil postos de trabalho, lembrou Antonio Pérez, presidente do grupo citado no comunicado. Desde o início da era digital, a fabricante da lendária Kodachrome foi deixada para trás por seus concorrentes, especialmente os asiáticos.

Terra Tecnologia 09/02/2012

IDENTIFICATION

RIC deve aquecer demanda por certificados digitais

A implantação do Registro de Identidade Civil (RIC) será o próximo fator de estímulo à demanda por certificados digitais no Brasil, acredita o coordenador de certificação digital do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Gilberto Netto. “Isso irá trazer a certificação digital para as pessoas físicas, para todo o cidadão”, diz Netto, em referência ao projeto RIC, cujo piloto envolvendo cerca de dois milhões de pessoas no Distrito Federal, Bahia e Rio de Janeiro será desenvolvido a partir deste ano.

Trata-se da nova identidade do cidadão brasileiro, cujos dados pessoais – sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local e data de expedição, data de validade do cartão – e outras informações referentes a outros documentos pessoais serão armazenados em um smart card (cartão com chip).

O chip e o certificado digital funcionam como mecanismo de segurança, para proteção das informações armazenadas no cartão.

De olho no aumento da demanda, o Serpro adotou novos padrões que reforçam a segurança dos certificados digitais que emite. O tamanho da chave do usuário dobrou, assim como a quantidade de bits do algoritmo usado nos processos de criptografia.

Segundo Netto, o Serpro passa a acompanhar uma tendência mundial no desenvolvimento dessa tecnologia. “Estamos seguindo as recomendações do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). O segredo é estarmos sempre à frente das tentativas de quebra dos algoritmos utilizados”, explica.
A demanda por certificados digitais começou a aumentar no final do ano passado por causa do programa Conectividade Social ICP, da Caixa Econômica Federal, que regula a arrecadação de contribuições de empresas para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

A exigência do banco representou um aumento significativo no número de pedidos de certificação digital. “Foi um verdadeiro boom. Começamos 2011 com uma média de 20 mil novos certificados ao mês. No fim do ano, estávamos emitindo 50 mil”, revela.

Atualmente, existem 40 autoridades certificadoras no Brasil. Mas a tecnologia e infraestrutura necessárias para os processos são oferecidas apenas pelo Serpro, Serasa, Certisign e Caixa Econômica Federal.

Além de sua própria autoridade certificadora, o Serpro também hospeda cinco outras, dentre elas as da Presidência da República, Receita Federal, Casa da Moeda, Justiça Federal e Proderj.

TI Inside 09/02/2012

INDUSTRIAL

Fábrica da Foxconn que produz o iPhone no Brasil é suspeita de irregularidades

O Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí suspeita que uma das fábricas da Foxconn em Jundiaí, no interior de São Paulo, esteja cometendo inúmeras irregularidades trabalhistas. Denominada Unidade 2, esta fábrica é a responsável pela montagem do iPhone no Brasil e, futuramente, deve passar também a produzir o iPad. De acordo com o diretor do Sindicato, Célio Guimarães, desde que iniciou as operações, a planta em questão vinha funcionando com jornadas de trabalho que excediam as 44 horas semanais, o máximo permitido pela lei brasileira. Além disso, instalada em um bairro isolado da cidade, ela não possuía refeitório para os operários que trabalhavam em período integral. "A empresa é muito blindada; é muito difícil entrar em contato com as pessoas de lá", lamenta.

Mas, mesmo com todo esse segredo, o dirigente sindical diz que houve alguns progressos. "Conseguimos a regulamentação dos turnos de trabalho, a instalação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e de um restaurante interno", afirma Guimarães. Agora, ele diz, estão surgindo queixas sobre as más condições de trabalho, assim como acontece nas fábricas da empresa na China, onde chegou até a ocorrer uma onda de suicídios de empregados no ano passado. Há rumores, inclusive, de que operários chineses estão trabalhando na unidade brasileira. "Comenta-se que durante o dia chegam ônibus com dezenas de trabalhadores ilegais no país."

A suspeita de que há algo errado em relação às condições de trabalho na empresa cresceu com as constantes visitorias feitas na Unidade 2 por agentes do Ministério Público do Trabalho. Uma fonte ligada ao órgão disse à reportagem de TI INSIDE Online, sem se referir especificamemente à Foxconn, que as investigações independentes ou em conjunto com a Polícia Federal são feitas em razão da seriedade das evidências e denúncias de funcionários. Como a dificuldade de comprovar algumas situações é grande, as autoridades preferem manter sigilo sobre os rumos dos casos.

"Muitas vezes o tempo de caminhada entre a portaria e a fábrica é suficiente para os empregadores esconderem uma questão grave", disse a fonte. Segundo ela, o rápido crescimento e os incentivos fiscais dados pelo governo gerou uma expansão desordenada da Foxconn, culminando em condições precárias, que agora estão sendo apuradas.

De fato, a fabricante chinesa teve o seu processo produtivo básico (PPB) para fabricar tablets no Brasil aprovado, com a desoneração fiscal prevista na Lei 12.507. Ao lado da redução de 80% sobre a alíquota do IPI – que passa de 15% para 3% –, com o PPB aprovado a Foxconn terá acesso a isenção da alíquota de PIS e Cofins, que é de 9,75%. Além disso, especula-se que a empresa poderá ter parte dos US$ 12 bilhões necessários para instalação de uma fábrica de telas LCD financiada pelo BNDES.

Este noticiário entrou em contato várias com a Foxconn para que ela se pronunciasse sobre as acusações, mas ninguém na empresa soube informar quem é o porta-voz nem tampouco quem responde pelo departamento de comunicação.

Teletime News 08/02/2012

TELECOM

Huawei diz ter vendido cinco vezes mais smartphones em 2011

A Huawei, segunda maior fabricante do mundo de aparelhos de telecomunicações, informou nesta sexta-feira ter vendido 20 milhões de celulares no mundo em 2011. O número é cinco vezes maior do que no ano anterior.

A Huawei, sexta maior produtora de celulares do mundo segundo a consultoria IDC, tenta concorrer com empresas como Apple e Samsung. As vendas de US$ 6,8 bilhões no ano passado em seu negócio de consumo, que inclui aparelhos como telefones celulares e tablets, foram recordes.

O volume representou uma alta de 40% em relação aos US$ 4,8 bilhões em 2010. Depois dos smartphones IDEOS, Vision e Honor, a Huawei lançou o Ascend, que apresenta como o telefone inteligente de menor espessura do mercado.

TI Inside 10/02/2012

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